08/07/2021

Edição de junho do jornal “O Ilhéu” da EBS Armando Côrtes-Rodrigues

 

Nota de abertura

“O Ilhéu” está de volta!

 

Após três anos suspenso, o jornal “O Ilhéu” está de regresso e pronto para divulgar o que se faz na EBS Armando Côrtes-Rodrigues. O projeto, cuja última edição foi em maio de 2018, pretende voltar a partilhar as atividades da unidade orgânica e, simultaneamente, incentivar os alunos para a escrita e leitura de textos de cariz literário ou não literário.

Assim, continuar-se-á o trabalho de divulgação dos projetos e atividades da escola, entrevistas à comunidade educativa, além do problema mensal de Matemática. Em termos de novo conteúdo, serão lançadas entrevistas com ex-alunos que darão testemunho do seu percurso académico e a sugestão mensal de leitura.

Além disso, a nova coordenação gostaria de elogiar os anteriores responsáveis, nomeadamente, as professoras Sílvia Pereira e Dora Abreu, mas também os professores Eduardo Naia e João Teixeira pelo trabalho realizado entre 2015 e 2018. Agradecer ao Açoriano Oriental por ter aceitado retomar esta parceria, sendo que “O Ilhéu” fará parte da edição lançada na última terça-feira de cada mês. Por último, reconhecer o esforço do Conselho Executivo no relançamento deste projeto, que resulta do contributo de docentes, não docentes e alunos, sendo fundamental a participação de toda a comunidade educativa para a sua elaboração e dinamização.

Por último, desejamos a todos os estudantes, docentes e não-docentes umas ótimas férias, para que venham revigorados no próximo ano letivo.

 

“O Ilhéu”

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Saio com sentimento de dever cumprido

 

Após seis anos como Presidente do Conselho Executivo (CE) da EBS Armando Côrtes-Rodrigues, que balanço faz do trabalho da sua equipa?

Foi muito bom liderar esta comunidade educativa. Aprendi muito, vivi momentos incríveis e tive a honra de encontrar e conhecer pessoas maravilhosas que foram uma bênção na minha vida. Tive também a satisfação de conviver com centenas de alunos, com quem muito aprendi. Saio com o sentimento de realização profissional e pessoal, pois nesta unidade orgânica pude conhecer pessoas incríveis, com as quais construí algo de que nos podemos orgulhar.

Nesse sentido, que objetivos foram conseguidos?

A maioria dos objetivos foram alcançados se atentarmos às áreas prioritárias do nosso projeto educativo de escola. A diversificação da oferta formativa aumentou o sucesso escolar, devido à firme preocupação em educar para a cidadania. Também apostámos em projetos que motivassem e incentivassem a participação ativa de pais e encarregados de educação na vida escolar dos seus filhos, tendo estes se envolvido de forma empenhada nas atividades contempladas no plano anual de atividades da escola. Acredito que conseguiríamos fazer ainda mais, se não fosse a pandemia.

Quais foram os projetos e medidas que tiveram as consequências esperadas?

Vários projetos e medidas fizeram e continuarão a marcar a diferença na identidade da nossa escola, como por exemplo, o projeto “Filosofia para crianças” que tem munido os alunos de ferramentas que lhes permitem desenvolver a sua oralidade, espírito crítico e poder de argumentação. A aposta em currículos alternativos como o Ensino Vocacional, o PROFIJ ou a Formação Profissionalizante, também foi um sucesso, dado que possibilitaram a conclusão de ciclos de estudo com vertente mais prática e apelativa aos alunos com interesses divergentes dos escolares.

Por outro lado, que objetivos e medidas não foram conseguidos?

Por exemplo, a atualização do parque informático não foi possível na sua totalidade, porque foram surgindo outras prioridades, pelo que tivemos de ir adiando. O orçamento atribuído a esta unidade orgânica, atendendo que abrange do pré-escolar ao 12.º ano, não foi suficiente para colmatar todas as necessidades que foram surgindo. Implicou também a impossibilidade de aplicação de algumas medidas pedagógicas que tínhamos em mente.

Que mensagem e expectativas quer transmitir à próxima direção do Conselho Executivo?

Quero, acima de tudo, desejar-lhes as maiores felicidades. Dizer-lhes que, mais do que a competência, o conhecimento da legislação e de todos os procedimentos a ter em conta para uma liderança de êxito, é preciso, em certa medida, pensar e decidir com o coração, valorizando as relações interpessoais, dar atenção às pessoas e estar disponível para as ouvir. Também ter a humildade de pedir ajuda quando necessário, pois ninguém sabe tudo. Por fim, estarei sempre disponível para apoiar, colaborar e partilhar aquilo que aprendi durante o período em que fui presidente do Conselho Executivo.

E a toda a restante comunidade escolar?

Gostaria de transmitir a minha gratidão para com todos os que integram a EBS Armando Côrtes-Rodrigues. A união e a proximidade entre todos permitiram melhorar a qualidade da nossa escola, assente num conjunto de princípios, estratégias e atividades com o principal objetivo construir o futuro dos jovens de Vila Franca do Campo. Também deixo um agradecimento à Associação de Pais pela presença ativa e espírito crítico no acompanhamento das medidas e projetos implementados e a todas as instituições parceiras.

    Hélder Correia

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Uma Direção exemplar e competente

Dado que o mandato da atual direção do Conselho Executivo (CE) termina neste ano letivo, como descreve a relação de trabalho entre este órgão e a Associação de Pais (AP)?

Desde a eleição desta Associação de Pais, sempre houve uma excelente relação de trabalho com o CE. Todos os assuntos de relevância para o funcionamento da Escola, foram sempre partilhados entre os dois órgãos.

 Quais os principais progressos positivos que a AP destaca deste mandato?

Este CE passou por uma fase que nenhum outro passou, uma pandemia. Coordenar toda a sua equipa foi uma tarefa muito difícil, pois existiram muitas variáveis, que alteravam de dia para dia. Aqui verificou-se a competência deste órgão em colocar toda a estrutura a funcionar em tempo útil, com os poucos recursos existentes. 

Que tipo de iniciativas a AP gostaria que tivessem sido tomadas pelo Conselho Executivo?

Não podia ser exigido mais iniciativas a este CE. É difícil gerir uma grande escola, com os poucos recursos que são atribuídos.

Constroem-se escolas, mas pouco se pensa na manutenção das mesmas ou até nos problemas de má execução da obra, que, por vezes, só surgem após expiração da garantia. Existem problemas na nossa escola que a mesma tenta resolver com a sua boa gestão financeira, mas isso não basta. Tem de existir um apoio mais direto no levantamento das necessidades, calendarizar as prioridades e não ser sempre a escola a resolver os problemas. Uma situação que critico, é a falta de condições das salas, por ser uma escola recente e não ter sido contemplado um sistema de ventilação das mesmas. Os nossos alunos, depois de abril, não têm condições para ter aulas. Alia-se aqui a boa vontade dos docentes, que até levam equipamentos para a sala de aula, a fim de minimizarem o desconforto e conseguirem lecionar. Este tem sido um esforço de toda a comunidade escolar que tem de ser valorizado. De que vale existir uma escola arquitetonicamente interessante e pouco funcional?

De que forma avalia o trabalho da direção presidida pela Prof.ª Graça Melo?

O trabalho da Direção da Prof.ª Graça Melo foi sempre guiado pela resolução imediata dos problemas e partilha de toda a informação relevante na relação entre escola, pais e alunos. 

Que mensagem gostaria de transmitir à próxima equipa do Conselho Executivo?

Continuem a defender a nossa escola junto do Governo Regional dos Açores para que melhorem as condições de trabalho para toda a comunidade escolar.

 

Hélder Correia

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Uma liderança genuína

Com a evolução da nossa sociedade, as mulheres não só têm conquistado novos lugares de poder, como também têm mostrado que conseguem liderar e as três mulheres que chefiaram a nossa escola nos últimos seis anos, não são exceção. Além dos anos anteriores à pandemia, mas principalmente nos dois últimos, onde o ensino foi desafiado a todos os níveis, foi possível constatar o esforço feito por este Conselho Executivo (CE) para que todas as dificuldades do ensino à distância fossem ultrapassadas. Neste período pandémico a sua intervenção foi fulcral para que fosse proporcionado o melhor para os alunos e para que as necessidades de todos fossem superadas. 

Neste período, sempre existiu uma coalescência na visão para a escola entre o CE e os alunos, reforçada pela permanente preocupação deste órgão em conhecer a opinião dos estudantes em vários aspetos, pelo que a Associação de Estudantes (AE) elogia este apoio e disponibilidade, para a implementação de quaisquer medidas que achássemos benéficas para a escola.

Além disso, a AE defende que para existir respeito e harmonia entre alunos e professores, é essencial o seu acompanhamento junto dos estudantes, ação que o CE fez muito bem, demonstrando um interesse genuíno no nosso desempenho.

Nesse sentido, a cooperação entre as três mulheres desta equipa foi notória e resultou na firme procura de melhorar a comunidade escolar. Por vezes, quando alguém assume um lugar de poder, a sua forma de estar muda, mas isto não se aplica à professora Graça Melo. Durante os últimos seis anos, a professora Graça foi mais que uma presidente, foi um suporte de apoio e carinho para os alunos. O mesmo se pode dizer das professoras Rosa Silva e Conceição Vale. As três lutaram e deram o seu melhor para melhorar o quotidiano de toda a comunidade escolar. A elas, o nosso obrigado!

 

Laura Batista

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Eleita nova Assembleia

Decorreu no passado dia 28 de maio, a tomada de posse dos membros da nova Assembleia da EBS Armando Côrtes-Rodrigues. A única lista, encabeçada pelo professor Marco Lima, foi a votos no dia 19 de maio, sendo eleita para o triénio 2021-2024.

Depois do ato eleitoral, o professor Marco Lima, o novo Presidente da Assembleia, dispôs da palavra para agradecer ao Presidente cessante da Assembleia, o professor Luís Veríssimo e à Presidente do Conselho Executivo, a professora Graça Melo pela confiança em si depositada e comprometeu-se a dar o seu melhor em prol da comunidade educativa, sendo que conta com o apoio dos restantes membros da Assembleia.

Por sua vez, a Presidente do Conselho Executivo aproveitou a ocasião para realçar a importância daquele órgão para o bom funcionamento da escola e que fosse mantida a linha de confiança e cooperação existente. Por fim, desejou as maiores felicidades ao novo Presidente da Assembleia, Marco Lima e agradeceu ao Presidente cessante, Luís Veríssimo, a excelente ética de trabalho coexistente entre estes dois órgãos.

 A lista é constituída pelos seguintes representantes:

Pessoal docente - Marco Lima, Carlos Rodrigues, Paula Vieira, Fátima Moreira, Joana Canhão, Nuno Martins, Mário Gonçalves, Paulo Ferreira, Maria Pereira e Susete Benevides; pessoal não docente – Maria Santos e Zenaide Tavares; Encarregados de Educação - Manuel Resendes; Associação de Estudantes - Natália Medeiros; alunos do ensino secundário - Laura Batista; Câmara Municipal de Vila Franca do Campo - Ricardo Rodrigues; Serviço de Psicologia e Orientação - Bruna Batista; Centro de Saúde de Vila Franca do Campo - Sílvia Guerreiro; Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Vila Franca do Campo - Rute Santos; Polícia de Segurança Pública - Bruno Pinto; Conselho Executivo – Graça Melo e pelo Conselho Pedagógico – Vítor Novo.


    Hélder Correia

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Exposição “A Maior Flor do Mundo” na Biblioteca

Decorreu entre 14 e 22 de junho na Biblioteca da EBS Armando Côrtes-Rodrigues, a exposição “A Maior Flor do Mundo” da fundação José Saramago, com ilustrações de André Letria. A exposição, inserida num projeto entre a Fundação José Saramago, a Direção Regional da Educação e a Rede Regional de Bibliotecas Escolares dos Açores, é dedicada à divulgação da obra “A Maior Flor do Mundo”, escrita pelo laureado autor português José Saramago e faz parte das obras das Metas Curriculares de Português para o 1.º ciclo.

A exposição, composta por 18 painéis que ilustram a história da obra, pretende potenciar o interesse dos alunos para a sua leitura e de outras obras, motivar para a legendagem dos referidos painéis e ainda para a sua reescrita, pelo que a criação de um cenário de aprendizagem inovador no processo de ensino aprendizagem permite proporcionar o desenvolvimento de competências transversais e de diversas literacias associadas ao referencial Aprender com a Biblioteca Escolar.

Durante os sete dias em que esteve exposta, foram vários os alunos que a visitaram, principalmente do 1.º ciclo, sendo que além da interação com os painéis, puderam realizar outras atividades relacionadas com a exposição, promovidas pela nossa Biblioteca.

    Hélder Correia

 

 

Sugestão de leitura

Com o relançamento do jornal, um dos novos títulos será a sugestão mensal de leitura, onde propomos a leitura de um livro inserido no Plano Nacional de Leitura. Este título conta com o contributo do Departamento de Língua Portuguesa e da Biblioteca escolar, a quem desde já, agradecemos.


Neste mês, sugerimos “A Viúva e o Papagaio” da escritora inglesa Virginia Woolf. Imprevisível, divertido e inteligente, este conto acompanha a aventura da Sra. Gage, uma velha viúva que descobre uma herança inesperada com a ajuda de um papagaio invulgar. Ele esconde um segredo, assim como esta história esconde uma lição…

Uma surpreendente história contada por uma das maiores escritoras do século XX que é obrigatória ler. Por isso, este conto faz parte das Metas Curriculares de Português para o Ensino Básico e é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura. 

 

Marta Dias

 

 

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O problema do mês

 

No regresso do nosso “Ilhéu”, aproveitamos para revisitar um clássico da literatura brasileira: “O homem que calculava”. Neste livro podemos encontrar algumas situações bastante originais e suas imaginativas soluções. O problema apresentado é um dos mais famosos e apresenta uma resolução verdadeiramente inesperada. Mostra como situações de partilha podem muito bem ser resolvidas com um “toque de matemática”. Caso não consiga resolver o conflito, pode sempre pedir uma ajuda ao Malba Tahan, fica a dica!

 

Problema

O Francisco, o Tomás e o João são três primos que decidiram dividir entre si 35 berlindes. Depois de uma negociação muito renhida, chegaram a um acordo. Muito contentes por poderem aplicar os seus conhecimentos na arte de bem trabalhar com frações, afirmaram: O Francisco fica com metade dos berlindes, o Tomás ficará com a terça parte e o João, por ser o mais novo, tem direito à nona parte. Rapidamente, entenderam que não podiam realizar a partilha dado que um berlinde não se podia dividir em várias partes! A Mariana, já aborrecida com tanta trapalhada, olhou para o seu único berlinde e, num tom mais autoritário, afirmou: pronto, vou resolver o vosso problema de forma que todos fiquem contentes!

 




De que forma poderá ter sido resolvida esta partilha?

 

Resposta no próximo número

 

Paulo Ferreira

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