No passado dia 11 de outubro, os elementos do Núcleo de Educação Especial e alguns docentes do pré-escolar e 1.º ciclo participaram numa sessão dinamizada pelo Dr. André Filipe Amaral, médico interno de medicina geral e familiar, intitulada “Perturbações do Espectro do Autismo – Diagnóstico Precoce em Cuidados Primários”.
As perturbações do espectro do autismo são perturbações globais do neurodesenvolvimento, de caráter crónico e que se caracterizam por deficiências persistentes na comunicação e na interação social e por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.
Tais características surgem nas primeiras etapas de desenvolvimento e entre os 18 e os 24 meses registam-se as primeiras queixas, sendo que a falta de contacto visual, o não devolver o sorriso, o não responder ao seu nome, a falta de intenção comunicativa, o não apontar aos 12 meses, o não balbuciar aos 9 meses, o não dizer uma palavra aos 16 meses ou duas palavras aos 24 meses, a perda de linguagem ou de aptidões sociais, a ausência de jogo simbólico, a ausência de atenção partilhada e o isolamento são sinais de alerta que devem originar a sinalização da criança para equipas especializadas para avaliação formal.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maior sucesso terá a intervenção junto da criança e da sua família, a qual tem, habitualmente, como objetivos principais a minimização dos sintomas e sinais associados às dificuldades de interação social e comunicação, reduzir comportamentos disruptivos e socialização, maximizar a independência, a autonomia e a qualidade de vida da criança e desenvolver competências parentais.
psic. Mónica Domingues
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