02/05/2015

Enquadramento do projeto “Nós Propomos! Cidadania, Sustentabilidade e Inovação na Educação Geográfica” 2014/2015

O Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, em colaboração com a Esri Portugal, promove pelo quarto ano consecutivo o Projeto "Nós Propomos! Cidadania, Sustentabilidade e Inovação na Educação Geográfica", apoiado pela Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica/Ciência Viva.
O Projeto “Nós Propomos!” tem por finalidade promover uma efetiva cidadania territorial local, numa perspetiva de governança e sustentabilidade. Constitui, presentemente, o grande projeto nacional no âmbito da disciplina de Geografia e mobiliza escolas de todo o país. Dirige-se, prioritariamente, a alunos e professores de Geografia do 11.º ano, podendo ser alargado a outros níveis do Ensino Secundário, como o 12.º ano.
O Projeto mobiliza o Estudo de Caso, do 11.º ano, para a identificação de problemas locais e a apresentação de propostas de resolução pelos jovens. Simultaneamente, pretende promover a parceria entre universidade, escolas, autarquias, empresas e associações.     
Em pequenos grupos, os alunos identificam problemas que lhes são significativos, na área da escola e da sua residência - da recuperação de um edifício abandonado à alteração do percurso de uma carreira de transportes públicos, passando pela instalação de equipamentos de lazer num espaço público ou pela criação de um roteiro turístico local, para dar alguns exemplos de propostas já apresentadas. Sempre que possível, alunos e professores têm uma reunião com técnicos da Câmara Municipal, que lhes transmitem as principais orientações e preocupações do Plano Diretor Municipal (também abordado no 11.º ano), o que ajuda a enquadrar o problema que estão a estudar. Os jovens realizam, então, um pequeno trabalho de pesquisa sobre o problema que selecionaram, e fazem a apresentação de uma proposta de solução do mesmo. A ESRI Portugal assegura o apoio cartográfico em SIGs aos alunos.
Em 4 de maio de 2015, realiza-se na Universidade de Lisboa o Seminário Nacional, em que jovens de todas as escolas participantes apresentam as suas propostas e são atribuídas algumas distinções e certificados de participação. A divulgação prossegue junto da comunidade, frequentemente junto da própria autarquia e algumas das propostas de intervenção dos alunos têm sido assumidas pelas autoridades locais.
Neste momento o projeto já ultrapassou as fronteiras portuguesas e vai começar a ser implementado em Tocantins/Brasil, numa parceria entre a Secretaria Estadual da Educação de Tocantins e a Universidade Federal de Tocantins, que coordena o projeto, na pessoa do Dr. João Bazolli.
O coordenador Nacional do Projeto, em Portugal, é o Professor Dr. Sérgio Claudino (Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa).


Seminário Nacional “Nós Propomos”

A Escola Básica e Secundária de Vila Franca do Campo irá participar, pela primeira vez, e numa participação inédita de escolas dos Açores, no Seminário Nacional do projeto “Nós Propomos: Cidadania, Sustentabilidade e Inovação na Educação Geográfica”, a ter lugar na Universidade de Lisboa, numa parceria entre a Escola Básica e Secundária de Vila Franca do Campo, a Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, a ESRI Portugal, a Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica/Ciência Viva e o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território. 
O evento terá lugar na Reitoria da Universidade de Lisboa, no dia 04 de maio, coincidindo com a apresentação dos projetos desenvolvidos pelos alunos ao longo do presente ano letivo.
O projeto, que decorreu pela primeira vez nos Açores, foi coordenado na Escola Básica e Secundária de Vila Franca do Campo pelo professor Lino Bettencourt, tendo os trabalhos sido desenvolvidos na turma do 12.º D, no âmbito da disciplina de Geografia C. 
No âmbito do apoio prestado pela ESRI Portugal, o Dr. Rui Santos deslocou-se à Escola Básica e Secundária de Vila Franca do Campo, no dia 04 de Fevereiro, com o intuito de realizar uma sessão de esclarecimentos sobre o projeto e sobre os Sistemas de Informação Geográfica.

Os alunos desenvolveram, ao longo do ano letivo 2014/2015, inúmeras atividades, desde visita de estudo, trabalho de campo (com aplicação de inquéritos à população local), tratamento estatístico dos dados recolhidos, cartografia, plantas, construção de maquetas, redação de relatórios e apresentações multimédia, de forma a propor as melhores soluções para problemas urbanos no concelho de Vila Franca do Campo.

As áreas visadas nos atuais trabalhos desenvolvidos pelos alunos, com propostas de reabilitação, requalificação e/ou renovação urbana, foram, e de forma resumida:

Escola EB/JI prof. João de Medeiros Quental – Ponta Garça, com a proposta de um Centro Recreativo, onde o edifício seria transformado/requalificado a fim de dar apoio aos vários grupos de atividades, seniores e juvenis, existentes ou a existir em Ponta Garça. O edifício deverá ter salas de música, recreativas (para workshops semanais, das mais variadas áreas), sala para aulas de fitness,…, sala para exposições, biblioteca, salas para atividades de apoio a grupos juvenis. Na parte traseira do edifício seria construído um parque infantil.

Campo de Jogos da Mãe de Deus, os alunos propõem a construção de um parque de campismo, com diversos equipamentos, nomeadamente, um restaurante/bar, um jardim, um parque infantil, bem como um parque de estacionamento subterrâneo, ajudando a solucionar o problema de estacionamento da área.

Área do Baixio – Rua Vasco da Silveira, com a proposta de revitalização de toda a área, com a recuperação do antigo mercado do peixe para implementação de um Museu do Mar, bem como a construção adjacente de um aquário, de uma loja de recordações, de uma pousada da juventude e de uma escola de pesca, recuperando, para o efeito, edifícios degradados que se encontram na Rua Vasco da Silveira, recuperando esta importante frente de mar de Vila Franca do Campo.

Parque da Vila – Centro de Interpretação de Vila Franca do Campo, os discentes propõem reaproveitar o edifício que se encontra no recinto em questão para transformação num espaço que recorde o ocorrido em 1522, em Vila Franca do Campo, onde um sismo, acompanhado por um deslizamento de terra, devastou 3/4 da população da Vila (a quase totalidade dos residentes), o que retirou o papel de capital de São Miguel, que Vila Franca do Campo detinha até então, em favor de Ponta Delgada, situação que se mantém até hoje. O grupo de alunos propõe, então, a criação de um Centro de Interpretação sobre este acontecimento marcante da história do concelho, associado a um “passaporte” da ilha, documento que é entregue aos turistas/visitantes, que podem carimbar o “passaporte” em diferentes locais de “visita obrigatória” na ilha de São Miguel.

As atuais propostas já foram apresentadas junto da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, na pessoa do Sr. Presidente, Dr. Ricardo Rodrigues, que assistiu à apresentação dos projetos, na EBS de Vila Franca do Campo, no dia 15 de abril.


prof. Lino Bettencourt

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